O Tribunal Superior do Trabalho (TST) e a APAE do Distrito Federal firmaram, nesta terça-feira (3), um contrato de inclusão profissional que favorece profissionais com deficiência intelectual na modalidade de trabalho com apoio. O acordo possibilitará a contratação de quatro jovens qualificados pela APAE-DF, que atuarão em equipe, amparados por uma instrutora também qualificada pela Associação. O grupo prestará serviços na área de conservação de livros da biblioteca do TST e também em algumas funções administrativas, como atendimento telefônico, orientação de visitantes, distribuição de documentos, entre outras. A carga horária será de 20 horas semanais.
Os novos profissionais são os jovens Maria Clara, Gabriel, Marcelo e Willian, que passaram pelo Programa de Educação Profissional e Inclusão Laboral da APAE-DF, além da apoiadora Marlúcia, que também foi preparada pela Associação para orientar as equipes em suas funções no tribunal.
O presidente do TST, ministro Emmanoel Pereira, abriu a cerimônia de assinatura da parceria destacando a importância da adoção de medidas verdadeiramente inclusivas, capazes de despertar autonomia e identidade social nos indivíduos. “A inserção no mercado de trabalho não confere apenas independência financeira, mas essencialmente traz dignidade ao ser humano e amplia seus horizontes”, enfatizou.
O ministro presidente citou as convenções da ONU, sobre os direitos das pessoas com deficiência, que estabelecem princípios gerais de participação e inclusão plena e efetiva de toda a população. “No decorrer da história, observamos que a interação entre pessoas é a verdadeira força motriz da evolução da sociedade. É uma diretriz muito semelhante às previstas pela Constituição da República, bem como pelas convenções da OIT e pelo próprio estatuto da pessoa com deficiência vigente no Brasil”, afirmou.
Segundo a diretora de ação interdisciplinar da APAE-DF, Maria Helena Alcântara de Oliveira, a associação começa a colher os frutos de um trabalho de três décadas voltado à formação profissional e inclusão desse público específico no mundo do trabalho. “Acreditamos no potencial das pessoas com deficiência e comprovamos, na prática, que todos podem ser eficientes quando encontram oportunidades adequadas de formação e de trabalho”, disse.
Cerimônia e início do contrato
Além do presidente do TST e da representante da Apae/DF, compuseram a mesa para a assinatura do contrato o ministro Caputo Bastos, corregedor-geral da Justiça do Trabalho, o ministro Luiz José Dezena da Silva, presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão, e o ministro Alberto Bastos Balazeiro. Os quatro jovens que serão contratados e suas famílias também estiveram presentes entre os convidados. A expectativa é de que os novos trabalhadores iniciem suas atividades nesta quinta-feira (5).